Engenharia, Operação e Educação de Trânsito
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Curvas descendentes
Sergio Ejzenberg e Renata Ejzenberg
Aumento da velocidade em curvas devido à declividade longitudinal e suas implicações na regulamentação de velocidade máxima e no projeto de curvas descendentes, considerando o atrito de rolamento e o arrasto aerodinâmico.
10/Out/2005
Minirrotatória – um projeto simples e eficiente para redução de acidentes
Antônio Sérgio Barnabé
A idéia de utilizar a minirrotatória para reduzir acidentes nos cruzamentos não semaforizados foi a realização mais eficaz já desenvolvida pela CET de São Paulo no que tange à Segurança Viária. Concebido pelo autor do texto no fim da década de 70, o projeto, a custos baixíssimos, foi responsável pela redução das vítimas de acidentes de trânsito em 80%, nos locais em que foi aplicado. O texto ensina, passo a passo, a elaborar um projeto de minirrotatória, além de discorrer sobre os resultados registrados. Mais detalhes podem ser encontrados em http://www.minirrotatoria.wordpress.com/, criado pelo próprio Sérgio Barnabé.
20/Mar/2006
Impacto nas medidas de desempenho operacional devido à substituição de interseção semaforizada por rotatória
Bruno Vieira Bertoncini e Sergio Henrique Demarchi
Estudo sobre o impacto causado na fluidez pela substituição de um semáforo por uma rotatória numa interseção de Maringá. O ganho obtido nessa cidade paranaense nos faz imaginar que devem existir muitos cruzamentos onde os conflitos foram tratados com a tradicional solução semafórica, mas que poderiam operar muito melhor com a implantação de uma rotatória.
31/Mai/2007
Os veículos pesados e a segurança no projeto das curvas horizontais de rodovias e vias de trânsito rápido
Sérgio Ejzenberg
As curvas horizontais das rodovias notoriamente colecionam acidentes de trânsito, nos quais geralmente os automóveis derrapam e escapam pela tangente, enquanto que os veículos pesados costumam tombar lateralmente. Os critérios consagrados de projeto geométrico das curvas, consideradas planas, ignoram a propensão dos veículos pesados ao tombamento lateral, confiando apenas nas forças de atrito lateral e na superelevação transversal da via para a manutenção do veículo em trajetória segura. O presente trabalho pretende desenvolver modelo de projeto que forneça margens de segurança tanto contra o escorregamento e o tombamento lateral de veículos pesados (semi-reboques) em curvas horizontais com greide descendente. O modelo proposto no presente estudo é sensível a fatores de segurança intrínsecos e extrínsecos aos veículos, incluindo características geométricas longitudinais e transversais da pista, e a variação da trajetória do veículo dentro da curva. Os resultados obtidos demonstram que os critérios de projeto atuais não garantem a segurança de semi-reboques em curvas descendentes de raio mínimo, principalmente nas curvas de menor velocidade. O critério desenvolvido permite o estabelecimento de margens de segurança para a regulamentação de velocidade em curvas horizontais descendentes já existentes, bem como possibilita a determinação da velocidade de projeto segura para curvas descendentes em novas vias.
01/Nov/2009
Rotundas
Ana Maria C. Bastos Silva e Álvaro J. da Maia Seco - Instituto de Infra-Estruturas Rodoviárias de Portugal – CCDNR
As interseções giratórias, também designadas por rotundas em Portugal (rotatórias no Brasil), pelas inúmeras vantagens demonstradas pela experiência e trabalhos científicos de índole nacional e internacional, têm-se, ao longo das últimas décadas, expandido em muitos países, dentre os quais Portugal.
31/Dez/2012
As curvas assassinas e outras sinas
Ardevan Machado
O Prof. Ardevan Machado lecionou Geometria Descritiva durante muitos anos na Escola Politécnica da EPUSP. Mas, para nós, seu nome evoca, principalmente, uma luta incansável pela boa aplicação da Engenharia de Trânsito, principalmente no aspecto da segurança. Nos seus últimos anos de vida enfrentou o descaso e até mesmo a zombaria dos burocratas que comandavam o trânsito. Não tinham sequer capacidade para entender o que defendia, mas para eles o importante era fingir que estava tudo bem e não melhorar a segurança das pessoas.
31/Dez/2012
Rotundas
Ana Maria Bastos Silva e Álvaro Jorge da Maia Seco
Apesar da acentuada utilização da solução rotunda (rotatória), particularmente ao longo das duas últimas décadas, verifica-se que em Portugal muitos projetos de execução continuam a ser elaborados à margem de qualquer disposição técnica, recomendação ou norma de concepção, sendo habitualmente negligenciada a importância do ajuste da solução às características do local. Essa preocupação tornou-se particularmente relevante durante a década de 90, quando é finalmente institucionalizada a regra de “prioridade a quem circula no anel da rotunda” e a sua aplicabilidade se estendeu às estradas de importância regional e nacional. A heterogeneidade das soluções implementadas, agravada pela frequente violação dos princípios básicos de segurança, reforça a necessidade de se dispor, em Portugal, de textos técnicos, dirigidos aos projetistas e gestores das redes rodoviárias, para suporte das suas decisões técnicas. Nessa óptica, este texto procura constituir um documento técnico de apoio ao dimensionamento de rotundas em Portugal, em resultado de uma compilação integrada daqueles que são os principais resultados retirados da investigação desenvolvida pela FCTUC ao longo das duas últimas décadas e daquele que é o estado da arte a nível internacional nesta matéria. São apresentadas as condições privilegiadas de aplicação das diferentes tipologias de rotundas, os princípios e estratégias de dimensionamento e as regras gerais de concepção aplicadas aos diferentes elementos constituintes da rotunda, assim como um modelo de estimação de capacidades. O documento foi organizado de forma a responder às diversas exigências e especificidades locais, pelo que o conteúdo aqui apresentado tem aplicabilidade quer em meio urbano quer interurbano. Nessa mesma linha de ação são apresentadas gamas alargadas de aplicabilidade para cada um dos relevantes parâmetros geométricos, especificando-se os valores ideais a aplicar em cada caso.
11/Mai/2014
Interseções prioritárias e de prioridade à direita
Ana Maria Bastos Silva, Álvaro Jorge da Maia Seco e Joaquim Miguel Gonçalves Macedo
Em Portugal, numa intersecção sem qualquer sinalização reguladora assume-se que as prioridades relativas entre as diferentes correntes de tráfego são definidas pela lei base em vigor, nomeadamente, pelos art.ºs 29, 30 e 69 do Código da Estrada, e baseiam-se nas seguintes regras e princípios gerais: • Se dois ou mais veículos atingem a intersecção simultaneamente, o condutor deve ceder a passagem aos que se apresentem pela direita (Regra da “Prioridade à direita”); • O condutor sobre o qual recaia o dever de ceder a passagem, deve abrandar a marcha, se necessário parar e em caso de intersecção de veículos recuar por forma a permitir a passagem do condutor prioritário sem alteração da sua velocidade, ou da sua direção; • O condutor só pode entrar no cruzamento ou entroncamento, ainda que tenha prioridade, depois de se certificar de que a intensidade do tráfego não o obrigará a imobilizar-se no seu interior. À semelhança de outros países, este sistema de prioridades gerido pela regra de prioridade à direita está na base de uma série de problemas intrínsecos, particularmente relacionados com a interpretação da regra perante determinadas situações específicas. Face a níveis elevados de tráfego, aumenta significativamente a ocorrência de situações conflituosas onde esta regra se revela incapaz de definir prioridades relativas de entrada na intersecção, gerando-se situações de impasse e, consequentemente, a diminuição do seu desempenho global. Assim e desde que as condições locais, as características geométricas ou os fluxos afluentes o justifiquem, estas regras podem ser sobrepostas pela imposição de um sistema de prioridades, consubstanciado pela implantação de sinais de “STOP” ou de “Cedência de passagem”.